sábado, 30 de janeiro de 2010

PAULO VENTURA UM EUCLIDENSE DE SUCESSO


Mestre Paulo Ventura
José Paulo da Silva Gonçalves Ventura, Mestre Paulo Ventura, nasceu no dia 02 de Dezembro de 1969, na cidade de Euclides da Cunha Bahia, Brasil.
O seu primeiro desporto foi o Karatê, que começou a praticar na mesma cidade onde nasceu, aos 08 anos de idade. Nesta mesma ele conheceu a capoeira e começou a pratica-la na rua, com os seus colegas. Somente no ano de 1986, ele começou a praticar a capoeira na academia do Mestre Marinaldo, já na cidade do Senhor do Bonfim; dai por diante ele não largou-a mais.
No ano seguinte, ele junto com os seus irmãos fundaram o Grupo de Capoeira Filhos do Sol.
No ano de 1990, saiu da Bahia, buscando novas ideias instalando-se no Distrito Federal, onde deu aulas de capoeira por dois anos e iniciou-se no Kickboxing.
Após esse período, partiu para o estado do Mato Grosso, cidade de Paranaíta, onde ficou apenas três meses. Logo instalou-se na cidade de Sorriso onde ficou até 2006. Viajou à Europa, actualmente encontra-se a residir em Portugal, onde se casou e tem expandindo o seu trabalho.
Na sua longa caminhada, Mestre Paulo, que nem sempre foi mestre, já foi aluno, já foi professor e já ganhou muitos troféus e medalhas não só na Capoeira como no Kickboxing.
Se formou Mestre em 2000 com o Mestre Carlinhos na Associação das Academias do Senhor do Bonfim na Baia,
Mestre Paulo Ventura é um verdadeiro campeão, e com certeza seu trabalho sempre será valorizado e jamais esquecido pelos seus alunos, mesmo que estes estejam longe.
"Capoeira para mim é a minha filosofia de vida, minha alegria, minha tristeza, a forma de fazer amigos e conhecer pessoas interessantes!
Capoeira é luta para quem quer lutar, dança para quem quer dançar, arte para quem quer ser artista, folclórica para quem quer vê-la folclórica. É um universo de arte, beleza e poesia, enfim... símbolo de liberdade de um povo forte. Entre nessa roda...Axé Capoeira!"
José Paulo da Silva Gonçalves Ventura[ Mestre Paulo Ventura ] Grupo de Capoeira Filhos do Sol
O grupo de capoeira Filhos do Sol teve o seu início no ano de 1987, na cidade do Senhor do Bonfim, Bahia, quem o fundou foi o Mestre Paulo, que na época era instrutor, juntamente com seus irmãos.
O grupo que começou em solo baiano se espalhou pelo Brasil inteiro, hoje ele está além da Bahia, no Mato Grosso, São Paulo, Pará e na Europa.
Mestre Paulo, Mestre Nelson Preto, Contra-Mestre Zanatta, Sucuri e Vareta, Instrutor Têra, Dólar e outros, são as pessoas de maior graduação do Grupo, que merecem enorme respeito. Assim como os Mestres, também os professores e instrutores têm desenvolvido um trabalho com capoeira em escolas e em academias na cidade do Senhor do Bonfim e região. Sucuri e Vareta têm vindo a dar continuidade a um bonito trabalho iniciado por Mestre Paulo, na cidade do Sr. Do Bonfim voltado para a educação e disciplina. Pois a capoeira mudou o seu sentido, os escravos usavam-na como forma de defesa, mas hoje deve-se usa-la como forma de educar-se, visto que a capoeira deve ser considerada cultura e história e não-violência.
É essa a filosofia do Grupo de Capoeira Filhos do Sol, ensinar para educar, disciplinar, ajudar no desenvolvimento social, intelectual, cognitivo e física dos atletas que praticam esta maravilhosa arte.
Juramento do Grupo Filhos do Sol
Meu Mestre: juro aprender a capoeira somente para minha defesa e só fazer uso dela quando a minha vida estiver em jogo. Covarde; Covarde não é aquele que evita o combate. Covarde é aquele que mesmo sabendo que é superior, luta e fere o mais fraco. Forte é aquele que vence sem lutar, mesmo possuindo o poder de vencer lutando. Vamos lutar para aprender e não aprender para lutar!
O Espírito da Capoeira
Conhecer-se e dominar-se, dominar-se é triunfar.
Sempre ceder para vencer.
Capoeira é o que possui inteligência para compreender aquilo que lhe ensinaram, paciência para ensinar o que aprendeu e para acreditar naquilo que não compreende.
Quem teme perder já está vencido.
Somente se aproxima da perfeição quem procura com constância, sabedoria e, sobretudo, com humildade.
Saber cada dia um pouco mais e usá-la todos os dias para o bem é o caminho dos verdadeiros capoeiras.
Quando verificares com tristeza que não sabes nada, terás feito o teu primeiro progresso na Capoeira.
O corpo é uma arma, cuja eficiência depende da precisão com que usa a sua inteligência.
Praticar capoeira é ensinar a inteligência a pensar com velocidade e exactidão e, ao corpo, obedecer com justiça.
A fraqueza é susceptível, a ignorância é rancorosa, o saber é a força d compreensão; quem compreende perdoa.
O Homem que domina a sua mente jamais será escravo.
O que parece dificuldade constitui a chance do seu progresso.
Em tudo o que fizeres põe a tua esperança à frente:
Não temas as más-línguas.
Não esmoreças, sorri sempre.
Faz-te forte e vencerás.

O BÊBADO E O EQUILIBRISTA



“Toma, se vira”, ouviu Ronivaldo há cerca de dois anos, no dia em que recebeu da mãe a Honda 2003 comprada de segunda mão. Carregando porco, bujão de gás, cachorro, caldeirão de milho e galinha, ele segue a recomendação materna: ganha cerca de um salário mínimo como mototaxista na cidade de Euclides da Cunha, 54 mil habitantes, Sertão baiano.“Mas o pior de carregar é bêbado e bode”, conta, à bordo de sua Honda 2003, uma entre as centenas de motocicletas que circulam no município. Equilibrando-se para não machucar moto, cliente e, claro, ele mesmo, Ronivaldo vai em vem pelas ruas sem usar capacete e exposto a situações
para além das pitorescas: também tem gente que sobe na garupa transportando drogas ou que tem como único objetivo roubar o veículo. “Se a polícia pega alguém carregando tóxico, a gente levando, vai todo mundo preso, é como se o motoboy também fosse cúmplice”, conta. O problema é saber o que vai na sacola do cliente.
As corridas, na área urbana, custam R$ 1,50, mas o preço sobe se o destino for outra cidade (como Canudos, perto dali). O sábado, dia de feira, é mais lucrativo, muito embora a insistência do povo em carregar dez sacolas na pobre Honda seja um problema para Ronivaldo. “É melhor pegar a motocarrocinha”, explica,
referindo-se ao veículo disputadíssimo, porque mais raro. Passa mais tempo na labuta do que na época da roça, quando trabalhava com os pais: começava às 7h da manhã e só parava ao meio-dia para almoçar. Voltava às 14h e ficava até umas 17h. Cultivavam feijão, milho, mandioca. Ronivaldo, agora trabalhando o dia todo, sem tempo para almoçar ou namorar, prefere assim. Olha para o caderninho da repórter e faz questão de sublinhar: “Quem planta na roça são eles, eu não.” Entre os rapazes de empresas como a Motogaroto, Motomania e Motovital, Motobelavista e Motocidade, adubar terra e curar planta atacada por bicho é coisa do
passado. Apesar dos bêbados e dos bodes, melhor a jaqueta preta de napa e o capacete.